Evelyn Waugh


Um dia Waugh se balança em uma cadeira da sala de reportagem. O diretor passa, repara nele, aproxima-se e pergunta-lhe o nome; "wauw" é a resposta enigmática que chega aos ouvidos do chefe. Pensando que o rapaz - no auge da insolência - latia em sua cara, o diretor zanga-se e manda mostrar-lhe a porta da rua...

Felizmente, o sucesso dos primeiros livros lhe rende algum dinheiro e, assegurando sua independência financeira, permite-lhe realizar um velho sonho: viajar. Não é mais jornalista: pois bem, viajará por conta própria.

Para começar, uma viagem ao Mediterrâneo. Coisa curiosa, por um detalhe percebemos que o moralista predomina sobre o desenhista: Waugh interessa-se menos pelas paisagens que pelos homens que encontra.

"Logo percebi que meus companheiros de viagem e o comportamente deles nos lugares visitados mereciam um estudo bem mais absorvente que os próprios lugares."

A clientela dos cruzeiros mediterrâneos oferecia certamente um espetáculo divertido. Waugh esforça-se em assinalar todas as suas extravagâncias. Que tolice a deles! Os "snobs" passam o inverno em Monte Carlo, porque é o que manda o calendário de atividades mudanas. Deixam a cidade na primavera, ainda segundo o calendário, justamente quando a estação se torna de fato deliciosa.

Reparem agora em seus rostos, deformados pela picada dos insetos, e gotejantes de suor. Estão no Egito. Arrastam-se pelas areias escaldantes, têm sede e esgotamento, gastam tempo e dinheiro para ver uma caverna de barro, um buraco, onde homens de raça estranha, por motivos que continuarão ignorados, enterraram, há três mil anos, as carcaças de vinte e quatro bois...

É, o ridículo esmaga esses viajantes.

A visita à Terra Santa não lhe causa a menor impressão. Como de regra em todos os lugares históricos - e os lugares de peregrinação não fogem à lei - os habitantes locais acrescentam aos detalhes verdadeiros uma série de futilidades, completamente estranhas à História e à Religião, mas que são muito apreciadas pelos turistas, ávidos de "cor local". Em Caná, por exemplo, quiseram vender-lhe jarras "autênticas", as mesmas em que Cristo realizou o milagre; e se a jarra oferecida parecia muito grande, dentro das lokas havia menores, igualmente "autênticas".

O monge que serve de cicerone mostra-se evidentemente cético no tocante à autenticidade desses objetos; mas o seu bom senso desaponta os turistas. Estes esperavam encontrar um tipo supersticioso, crédulo e medievalesco, cujo ridículo poderiam saborear com um discreto sorriso de desdém. Na realidade, o riso se achava do lado da Igreja:

"Éramos nós que tínhamos dado uma volta de 50 quilômetros, que tínhamos lançado nossos tributos no tronco das oferendas e cuja superstição era olhada com humor!" Não seria possível atravessar a Palestina com menos piedade. Digamos logo que, em 1935, quatro anos após sua conversão, Waugh terá pressa em deixar a Abissínia para ir passar piedosamente as festas do Natal em Belém.

Evelyn Waugh por Charles Lambotte S.J., Convertidos do Sec. XX.

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Tem Anjo Aqui - Cassiane kk

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Um modo interessante de pedir a mão da sujeita

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E ainda há quem diga que mulher não sabe tocar violão - Olha aí, Ana Vidovic

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Você tem medo de dizer eu te amo? rsrs.

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To fazendo caminho pra essa ordem aí :p

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Nodame Cantabile - Rhapsody in Blue

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Ah, era isso.. rsrs

O rapaz no quintal de casa: - Ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai!
Um amigo, escutando-lhe os gritos, corre com alvoroço.
Mal o avista, escuta o restante do que pensava ser um grito de socorro: "should known better!"
Clique abaixo e veja do que se trata.

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Pachelbel's Canon - Piano e Cello - Uma versão um pouco diferente.

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Ravel é bom! Adagio Assai. Escute os Clássicos

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The Call - Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian

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Sempre gostei muito dessa música - Tema de Romeu e Julieta por André Rieu

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Homossexualismo Exponencial


Há um novo caso de homossexualismo: o homossexualismo exponencial (alguns o chamam "homossexualismo homossexual", mas pela tautologia evidente, decidiu-se evitar este termo num recente congresso internacional sobre o assunto). Este tipo de variante pode ser melhor compreendida da seguinte forma:

Suponhamos que haja uma mulher (fisiologicamente falando), cujo nome seja Baltazaléia. No entanto, ela reivindica que o seu interior, a sua 'alma' é masculina, pelo que conseguiu o direito de ser chamada de "Baltazar", galgando todos os passos burocráticos para tal.

Pois bem. O que poderíamos deduzir daí? Que Baltazaléia, quer dizer, Baltazar intente se relacionar com uma pessoa do mesmo sexo, fisiologicamente falando, isto é, com uma mulher, fisiologicamente falando, visto que ela se considera homem, interiormente falando. Perguntada, certa vez, se ela cria que seus ossos seriam gays, ela simplesmente ficou sem resposta, o que não deixou de suscitar uma acalorada discussão sobre a inefabilidade do homossexualismo por parte de feministas e militantes v.. rrrum.. das siglinhas lá.

No entanto, Baltaz(...) - viadagem da bexiga essa frescura com nome! - não gosta de mulheres, fisiologicamente falando. Ela gosta de homens! Muito embora, pudéssemos, então, argumentar que ela é, na verdade, hetero-sexual, ela se auto-entitula como o verdadeiro gay porque, sendo homem interiormente - ainda que mulher fisiologicamente falando -, ela gosta de homem, isto é, do seu mesmo sexo, interiormente falando.

No entanto, surge a questão: se ele/ela afirma que a sua fisiologia feminina não é o critério da sua sexualidade, como é que ela se orienta assumindo como critério a sexualidade, fisiologicamente falando, do outro? Por causa de questões como essa, o pessoal da siglinha já intenta inserir uma novo curso na grade das universidades: a metagaylogia.

Este tipo de homossexualismo é mais sutil. Isto traz talvez futuras esperanças de que, sendo esteticamente mais natural - rsrsrs -, também suscite menos escândalos.

Ao meu querido Marcos.

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A Oração de Dante

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Brancura e Pureza


"Neve branca, como és pura;
Quanto alvor, quanta beleza!
Dai-me pureza, ó brancura;
Dai-me brancura, ó pureza!"

Toda pureza vem de Deus, assim como a neve vem do céu."

Héber Salvador Lima, Corações em Órbita

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Buddhist Chanting - Belíssimas filmagens

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